Música e atividades esportivas

Estudar música na adolescência estimula a linguagem e a audição

Pesquisadores americanos avaliaram alunos do ensino médio que praticavam música de duas a três horas por semana

20/07/2015 às 17:18 - Atualizado em 20/07/2015 às 17:43
Adolescente tocando bateria
O aprendizado de música durante a juventude pode trazer benefícios ao cérebro(iStockphoto/Getty Images)

Ter uma formação musical durante a adolescência estimula regiões do cérebro associadas à audição e à linguagem. É o que revela o novo estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Até poucos anos atrás acreditava-se que o cérebro era influenciado pela música de tal forma apenas durante a infância -- dos 3 aos 10 anos, especificamente. Ou seja, dificilmente a música surtiria grandes efeitos depois disso.
Os pesquisadores da Universidade Northwestern avaliaram um grupos de 40 adolescentes americanos do ensino médio, ao longo de três anos. Metade da turma estava envolvida em atividades escolares musicais - eles praticavam diversos instrumentos musicais na banda do colégio, de duas a três horas por semana. A outra metade participava de atividades físicas em vez de música.
Os estudiosos utilizaram eletrodos para analisar o cérebro dos adolescentes. O recurso mostrou que o cérebro dos alunos que treinavam música sofreram uma maturação mais veloz nas regiões associadas a audição. Significa que os alunos tornaram-se mais sensíveis a detalhes sonoros. Os jovens também tornaram-se mais hábeis na comunicação. Os benefícios cerebrais não foram observados no grupo da atividade física. "Esses resultados mostram a importância de submeter os adolescentes a estímulos musicais", diz Nina Kraus, autora do estudo.
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Exercício físico melhora desempenho escolar, diz estudo

Pesquisa revelou que adolescentes e crianças com habilidade motora e capacidade cardiorrespiratória boas tinham notas mais altas do que aqueles com vigor físico inferior

19/06/2014 às 19:40 - Atualizado em 19/06/2014 às 19:4
Crianças jogando futebolEstudo não mostrou relação entre força muscular e notas(Thinkstock/VEJA)
Praticar exercício físico na infância e na adolescência pode ser benéfico não apenas à saúde, mas também ao boletim escolar, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Journal of Pediatrics.
CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: periódico Journal of Pediatrics
Quem fez: Irene Esteban-Cornejo, Carlos Ma. Tejero-Gonzalez, David Martinez-Gomez, Juan del-Campo, Ana Gonzalez-Galo, Carmen Padilla-Moledo, James F. Sallis e Oscar L. Veiga
Instituição: Universidade Autônoma de Madri, na Espanha
Resultado: Pesquisadores descobriram que crianças com boa capacidade cardiorrespiratória e a habilidade motora têm melhor desempenho acadêmico do que aquelas com níveis cardiorrespiratórios e motores inferiores.
Melhora da capacidade cardiorrespiratória, força muscular e habilidade motora são benefícios comprovados da atividade física à saúde. Como cada um desses fatores exerce efeitos sobre o cérebro, pesquisadores decidiram investigar se eles poderiam, de alguma forma, impactar o desempenho acadêmico.
Os cientistas analisaram dados sobre rotina de exercícios, composição corporal e desempenho escolar de 2.038 crianças e adolescentes de seis a dezoito anos, na Espanha. Eles constataram que os participantes com boa capacidade cardiorrespiratória e habilidade motora tiravam melhores notas do que os voluntários com desempenho inferior nesses quesitos. A força muscular não mostrou relação com o boletim.
"Ter uma boa capacidade cardiorrespiratória e habilidade motora pode, até certo ponto, reduzir o risco de fracasso escolar", diz Irene Esteban-Cornejo, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha. O estudo realça a necessidade de realizar esforços para promover a prática de atividade física na infância e na adolescência.

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